Câmara instala CPI para investigar máfia de órteses e próteses no Brasil
A Câmara dos Deputados instalou hoje (26) a comissão parlamentar de inquérito (CPI) destinada a investigar a máfia de órteses e próteses no Brasil. O deputado Geraldo Resende (PMDB-MS) foi eleito presidente do colegiado e indicou o deputado André Fufuca (PEN-MA) para a relatoria. O roteiro da CPI será apresentado na próxima reunião da comissão.
Composta por 26 membros titulares e igual número de suplentes, a CPI tem prazo de 120 dias para concluir os trabalhos. Caberá ao colegiado investigar a cartelização na fixação de preços e a distribuição de órteses e próteses, além de esclarecer se há direcionamento da demanda dos serviços médicos por interesses privados, entre outros fatos relacionados à máfia.
André Fufuca adiantou que pretende ouvir todos os envolvidos nas denúncias divulgadas pela imprensa no ano passado. Segundo o parlamentar, integrantes da comissão deverão visitar os estados onde existem CPIs investigando as denúncias, para coletar dados e mais subsídios para as apurações.
Também foi instalada hoje a CPI que investigará a violência contra jovens negros e pobres. O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) foi eleito presidente da comissão e a deputada Rosangela Gomes (PRB-RJ) será a relatora. A comissão foi criada para apurar as causas, razões, consequências e os custos sociais e econômicos da violência, morte e do desaparecimento de jovens negros e pobres no Brasil.
A instalação da CPI do Sistema Carcerário Brasileiro, prevista para hoje, foi adiada para o dia 31, às 9h30, quando serão eleitos o presidente e o relator da comissão.
Das CPIs já criadas, apenas a da Petrobras está funcionando na Câmara.