Governo deve receber críticas com humildade, diz ministro
O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, disse na manhã de hoje (20), em Brasília, que o governo deve receber as críticas com humildade e como contribuições. E que os aliados não etsão impedidos de criticar. A declaração ocorreu em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, após reunião da presidenta Dilma Rousseff com 11 ministros para fazer um balanço do semestre.
Ao ser perguntado sobre as críticas feitas pelo presidente do Congresso Nacional, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ao ajuste fiscal promovido pelo governo, Padilha ressaltou que o parlamentar é aliado do governo e “aponta caminhos que fazem o governo refletir”.
“Os aliados não estão proibidos de fazer críticas. O governo tem que ter humildade e sensibilidade de acolher essas críticas e dialogar com esse parceiro. As críticas dele têm que ser vistas como contribuições, ele aponta caminhos que fazem o governo refletir. É normal no campo da política que um aliado faça críticas, o que tem que ser interpretado como contribuição”.
Na última sexta-feira (17), ao fazer um balanço das atividades do semestre no Congresso, Renan criticou as medidas de ajuste fiscal. Segundo ele, o Congresso, no seu limite, forneceu as ferramentas (para aprovação das medidas), mas os resultados são muito modestos. "O ajuste fiscal caminha celeremente para ser um desajuste social com a explosiva combinação de recessão, inflação alta, desemprego e juros pornográficos. Até aqui só o trabalhador pagou a conta, e não há ainda horizonte após o ajuste”, disse, em nota enviada à imprensa.
Padilha aproveitou para afastar qualquer rumor de mudanças no núcleo de articulação política do governo e teceu vários elogios ao vice-presidente da República, Michel Temer, principal responsável pelo diálogo entre Palácio do Planalto e Congresso Nacional. “Articulação política é conduzida pelo presidente Temer e, a meu juízo, não temos entre os quadros políticos do governo alguém que reúna mais qualidades do que ele para essa relação com demais poderes. O presidente Temer é uma garantia de que isso caminha bem”.