Judiciário: servidores em greve decidem lutar pela derrubada do veto ao reajuste

Publicado em 28/07/2015 - 19:09 Por Da Agência Brasil - Brasília

Servidores do Poder Judiciário no Distrito Federal (DF) decidiram hoje (28) manter a greve que já dura mais de 40 dias. Eles querem que o Congresso Nacional derrube o veto da presidenta Dilma Rousseff ao projeto de lei de reajuste dos salários da categoria.

Os servidores do Judiciário Federal e MPU-DF fazem assembleia para avaliar a greve e discutir as ações para a continuidade ou não do movimento (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Os servidores do Judiciário Federal e MPU-DF, em Brasília, fazem assembleia para avaliar a greve e discutir as ações para a continuidade ou não do movimento Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Com a greve mantida, nós vamos despender, a partir de agora, todas as nossas forças trabalhando com cada parlamentar para que se faça uma grande pressão com o propósito de derrubar o veto”, disse o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Distrito Federal (Sindijus), José Rodrigues Costa. Ele ressaltou que, nos estados, os sindicatos vão procurar os parlamentares federais para pedir a derrubada do veto.

O Sindijus representa os servidores dos órgãos da Justiça e do Ministério Público da União instalados no DF. A greve ocorre em todo o país, segundo a Federação Nacional da categoria. O aumento dos trabalhadores do Judiciário, aprovado em junho no Senado e vetado pela presidenta Dilma Rousseff, previa um reajuste entre 53% e 78,56%, dependendo da classe e do padrão do servidor.

O Ministério do Planejamento informou à Agência Brasil que o ministro Nelson Barbosa tem procurado apresentar cenários ao Judiciário para a construção de uma proposta alternativa. Segundo a pasta, o reajuste teria impacto de R$ 25,7 bilhões, afetando o esforço de reequilíbrio fiscal.

Na sema na passada, em entrevista à imprensa, Barbosa disse que as negociações terão como referência a proposta apresentada pelo governo aos funcionários do Executivo, de 21,3% pagos de forma parcelada nos próximos quatro anos.

Edição: Aécio Amado

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