logo Agência Brasil
Política

Mudanças nas regras do FGTS ainda têm de ser refletidas no Senado, diz Levy

O mais importante é não causar qualquer fragilidade ao fundo
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 19/08/2015 - 13:33
Rio de Janeiro
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fala no 1º Encontro Diálogos Estratégicos (Antonio Cruz/Agência Brasil)
© Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje (19) que a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da correção da remuneração do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é a primeira etapa do processo. Levy participou, no Rio de Janeiro, da 34ª edição do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), no Centro de Convenções SulAmérica, no centro da cidade.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fala no 1 Encontro Diálogos Estratégicos (Antonio Cruz/Agência Brasil)

O  importante  é  não  causar qualquer fragilidade ao  FGTS, diz ministro da FazendaArquivo/Agência Brasil

Segundo ele, como adiantou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a proposta tem de ser refletida no Senado, para ver se é a melhor solução e se preserva a estabilidade e a capacidade do fundo financiar moradias populares. "Agora, temos um momento de reflexão. Por isso, temos um sistema bicameral."

De acordo com o ministro, o importante é não causar qualquer fragilidade ao fundo. "Obviamente, como temos observado, tem de fazer o equilíbrio entre o desejo de pagar mais e a capacidade do fundo em alcançar seus objetivos para os próprios trabalhadores", afirmou.

Levy informou que a concessão de empréstimos pelos bancos públicos ao setor automotivo é, em sua maioria, para linhas de mercado. Ele acrescentou que a mais especial é para o transporte público, que considera mais eficiente e sustentável para o meio ambiente, na medida em que diminuem os engarrafamentos. O restante é para linhas mais comerciais.

"Apoiamos os fornecedores usando o próprio valor de qualidade de crédito das montadoras. Acho que é um arranjo que não tem maiores riscos e é de interesse comercial para todo mundo", destacou.

O ministro negou que a medida comprometa o ajuste fiscal do governo. "Não compromete. É uma operação de mercado que, na verdade, pressupõe o compromisso de contratos das montadoras. É uma coisa absolutamente normal."

Durante a palestra, o ministro comentou que o câmbio se ajustou, e o governo realizou o que precisava para esse ajuste. "O ajuste do câmbio em uma economia de livre iniciativa tem um enorme poder de sinalização. Os preços são os principais sinalizadores de uma economia livre. Obviamente, esperamos que essa sinalização tenha impacto nos diversos setores da economia."