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Política

Senadores Cristovam Buarque e Antônio Reguffe deixam o PDT

Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 17/02/2016 - 18:22
Brasília

Dois senadores do PDT anunciaram hoje (17), oficialmente, que estão deixando o partido. O senador Cristovam Buarque (DF) anunciou, em plenário, que está indo para o PPS e o senador Antônio Reggufe (DF) também usou o plenário para informar sua saída do PDT e que passará um ano sem filiação partidária.

Brasília - Senador Cristovam Buarque (DF) anuncia, no plenário do Senado, desfiliação do PDT e entrada no PPS (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O senador Cristovam Buarque (DF) anunciou em plenário sua mudança do PDT para o PPS Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Ao subir à tribuna do Senado para anunciar sua filiação ao PPS, o senador Cristovam Buarque justificou a mudança pela posição governista do PDT. “Creio que o PDT deixou de oferecer a possibilidade de lutar pelas transformações, devido à sua imbricação com o governo atual, sua imbricação com um governo que – pior do que crise – está provocando uma decadência no rumo do Brasil para um progresso democrático, justo, eficiente”, disse.

No discurso, Cristovam lembrou que já foi filiado ao PT, pelo qual foi ministro da Educação. Segundo ele, em 2005 decidiu trocar o partido pelo PDT, porque o PT tinha “perdido o vigor” para promover as transformações do país.  Agora, disse o senador, ele deixa o PDT por não ter conseguido fazer prevalecer a sua ideia de o PDT ser um partido de esquerda, independente, querendo levar adiante as transformações que o Brasil precisa.

Logo após o discurso de Cristovam, foi a vez do senador Antônio Reguffe subir à tribuna para também anunciar sua desfiliação do PDT, pelo mesmo motivo do colega. “Por discordar do reiterado apoio do partido ao governo federal, eu me desfilio na tarde de hoje. Respeito a decisão do PDT de apoiar o governo, é uma decisão democrática que deve ser respeitada, mas não é o que eu acredito hoje como sendo o melhor para o país”, disse.

Reguffe disse que estará sem partido pelo próximo ano e votará os projetos que forem apresentados sem considerar de que partido é o autor da matéria ou se ele é governista ou oposicionista. “O que vou considerar é se o projeto é a favor do Brasil”, disse.