Henrique Alves entrega carta de demissão a Dilma e diz que diálogo "se exauriu"
Na véspera do seu partido, o PMDB, tomar a decisão de deixar ou não o governo, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, entregou nesta segunda-feira (28) o cargo à presidenta Dilma Rousseff.
Alegando ser uma decisão "difícil" e afirmando estar certo de que a presidenta entenderá sua posição, Henrique Alves disse que o diálogo "se exauriu".
Amanhã (29), o Diretório Nacional do PMDB define a permanência ou não no governo. O ministro é um dos principais aliados do vice-presidente Michel Temer, presidente nacional da legenda.
Por meio de uma carta endereçada à presidenta, Henrique Alves informou que pensou "muito" antes de tomar a decisão de deixar o governo, considerando as "motivações e desafios" que o fizeram assumir a pasta, como fazer do turismo uma "importante agenda econômica".
"Independentemente de nossas intenções, o momento nacional coloca agora o PMDB, meu partido há 46 anos, diante do desafio maior de escolher seu caminho, sob a presidência do meu companheiro de tantas lutas, Michel Temer. Todos - o governo que assumi e o PMDB que sou - sabem que sempre prezei o diálogo permanente. Diálogo este que - lamento admitir - se exauriu", acrescentou.
Pela manhã, Dilma se reuniu com Henrique Alves e outros cinco ministros do partido que compõem o governo. Até o momento, o Palácio do Planalto não confirmou o pedido de demissão de Alves nem divulgou um comunicado oficial sobre sua saída.