Defensores do impeachment acompanham votação com churrasco em Porto Alegre

Publicado em 17/04/2016 - 15:31 Por Daniel Isaia – Correspondente da Agência Brasil - Porto Alegre

Os porto-alegrenses favoráveis ao afastamento da presidenta Dilma Rousseff voltaram a se reunir neste domingo (17 no Parque Moinhos de Vento (Parcão), na região central da capital gaúcha. Telões foram instalados ao longo da Avenida Goethe, que contorna o parque, para que os presentes possam acompanhar a votação da admissibilidade do processo de impeachment que será votado hoje na Câmara dos Deputados.

Além dos "pixulecos", bonecos de plástico representando Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os manifestantes carregam cartazes com fotos e nomes de alguns deputados que anunciaram voto contra o impeachment, classficando-os de “traidores”. O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, é lembrado com frequência e aplaudido pelos manifestantes.

Vários grupos de amigos aproveitaram a tarde ensolarada para assar um churrasco no Parcão. “A gente se reuniu para fazer esta festa e celebrar a queda do petismo. Este é só o primeiro passo, porque ninguém mais aguenta esses políticos comunistas que ficam nos roubando”, afirmou o estudante Gabriel Charczuk. Ele disse, no entanto, que não está tranquilo quanto ao resultado da votação, porque ainda existem negociações em andamento entre os partidos.

Já a securitária Sílvia Mazzoca está confiante na aprovação, com folga, do impeachment na Câmara dos Deputados. A previsão de Sílvia para o caso de Dilma deixar a Presidência da República é que, inicialmente, não vá mudar muita coisa. "Até porque o [vice-presidente Michel] Temer realmente não é a melhor opção. O próximo passo precisa ser uma mudança na legislação para que haja punição efetiva dos corruptos.”

Os manifestantes que são contra o impeachment também estão reunidos na capital gaúcha para acompanhar a votação. O ponto de encontro dos que querem a permanência de Dilma é a Praça da Matriz, no Centro Histórico de Porto Alegre, a cerca de 4 quilômetros de onde estão reunidas as pessoas favoráveis ao processo.

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Edição: Nádia Franco

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