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Política

Confronto entre polícia e servidores marca votação na Câmara do Rio

Proposta da prefeitura altera normas de aposentadoria e pensão
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 26/06/2018 - 18:14
Rio de Janeiro

Um confronto entre policiais militares e manifestantes na entrada da Câmara Municipal do Rio de Janeiro marcou o início da sessão de votação em segundo turno do projeto de lei encaminhado pela prefeitura da cidade que altera as normas de aposentadoria e pensão de servidores municipais. O tumulto começou quando os servidores tentavam entrar na casa legislativa para acompanhar a votação.

Entre as principais mudanças propostas pela prefeitura do Rio está a taxação de 11% sobre a parcela de remuneração que exceder o limite máximo de benefício estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social.

Em nota, a Polícia Militar informou que policiais do 5º BPM (localizado na Praça da Harmonia) e do Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos (BPGE) ainda “acompanham e monitoram a aglomeração de pessoas nas proximidades da Câmara Municipal do Rio”.

Feridos e presos

O vereador Reimont, líder do PT, disse que houve tentativa de prisão de professores que participavam da manifestação, outras pessoas foram feridas e algumas presas, mas não precisou quantas. A tensão que se viu do lado de fora passou para dentro do plenário onde estão ocorrendo as discussões para votação e nas galerias há manifestações contra o projeto.

A Secretaria de Saúde não confirmou a existência de feridos atendidos em hospitais. A PM acrescentou que foi necessário o uso de armamento não letal para conter a confusão, mas não mencionou feridos nem presos. A PM também não informa, por questão de segurança, quantos policiais participam da operação e nem quantos manifestantes estavam no local no momento do tumulto.

O secretário da Casa Civil, Paulo Messina, que foi exonerado do cargo pela segunda vez para participar da votação do projeto, é quem está defendendo a aprovação pelo lado do governo do município do Rio. No primeiro turno, a base do governo municipal conseguiu 28 votos favor contra 20 dos vereadores que se opõem às mudanças.

Apesar de admitir que será difícil barrar a aprovação, o vereador Reimont espera que alguns votos a favor sejam revertidos. “Esperamos que dois ou três votos mudem. Essa é a nossa expectativa”, contou. A Agência Brasil não conseguiu falar com o líder do governo, Dr. Jairinho.

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