ES elege deputado deficiente visual e SP elege senadora cadeirante
No Senado e na Câmara, a inclusão social de pessoas com deficiência será prioridade para pelo menos dois parlamentares que sabem exatamente quais são essas necessidades. Pela primeira vez, um deficiente visual foi eleito deputado federal. Felipe Rigoni (PSB-ES) foi o segundo mais votado do Espírito Santo.
Já a cadeirante Mara Gabrilli (PSDB-SP), que é tetraplégica, foi eleita senadora. Referência para os deficientes, ela foi deputada federal e deputada estadual.
Representante das pessoas com deficiência na Organização das Nações Unidas (ONU), Mara Gabrilli perdeu os movimentos do pescoço para baixo em um acidente de carro. A paralisia, no entanto, não a impediu de levar adiante uma série de projetos políticos. Como deputada federal, conseguiu a aprovação da Lei Brasileira da Inclusão.
Superação
Aos 27 anos, Felipe Rigoni diz que vai trabalhar em um esquema de mandato compartilhado, em que pretende dividir suas opiniões com as de entidades que atuam em várias frentes no Espírito Santo e a partir daí elaborar emendas e apresentar propostas.
Nas rede sociais, o candidato prega a aproximação dos políticos dos cidadãos e mudanças no sistema de financiamento das campanhas. Para sua campanha, Rigoni adotou o sistema de crowfunding, a vaquinha virtual.
Cego desde os 15 anos em decorrência de uma inflamação nos olhos, o candidato fez faculdade de engenharia e pós-graduação. Passou a se interessar por política e decidiu lançar-se candidato a deputado federal no esforço de mudar aspectos da cultura política e combater a corrupção.