logo Agência Brasil
Política

Bolsonaro: governo estuda criar cupom para trabalhadores informais

Segundo presidente, falta definir recursos e como será o pagamento
Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 17/03/2020 - 19:57
Brasília
O Presidente Jair Bolsonaro cumprimenta populares ao sair do Palácio da Alvorada.
© Antonio Cruz/ Agência Brasil

 Em meio aos efeitos da crise do novo coronavírus na economia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (17) que o governo poderá fornecer alguma ajuda financeira para trabalhadores na informalidade. "O que o Paulo Guedes [ministro da Economia] falou para mim hoje é que a economia informal, quem vive da informalidade, teria uma ajuda por algum tempo, algo parecido com um voucher. Está faltando definir o montante e como é que você vai organizar esse pagamento. Essa possibilidade está na mesa", afirmou a jornalistas ao chegar ao Palácio do Alvorada, residência oficial.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de informalidade (trabalhadores sem carteira assinada ou empreendedores sem registro, por exemplo) atinge 41,1% da força de trabalho ocupada no país. 

O presidente demonstrou preocupação com os impactos da pandemia do Covid-19 na economia. "A economia tem a sua importância nessa crise que se aproxima, mas eu vejo com muito alarmismo. Temos que nos preocupar, mas não com esse alarmismo todo", disse. Ele também pediu para que a população não entre em pânico.  

"A minha mensagem é para que não se apavorem. Nós vamos ter que passar por essa onda. Agora, se o pânico chegar no meio da população, tudo fica pior. Eu estou preocupado com a questão humanitária, de vidas, mas também com a  questão econômica”, acrescentou.

 Bolsonaro adiantou que amanhã fará duas entrevistas coletivas no Palácio do Planalto: uma com ministros e outra com os chefes dos demais Poderes. "A intenção é demonstrar que os Poderes [estão unidos], acima de qualquer um de nós está o interesse nacional", afirmou.