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Política

Unidades do Minha Casa Minha Vida podem ser usadas para isolamento

Imóveis servirão para isolar pessoas em tratamento do novo coronavírus
Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 18/03/2020 - 17:50
Brasília
Presidente da República, Jair Bolsonaro e ministros de estado, participam de coletiva de imprensa no palácio do Planalto
© Marcos Corrêa/PR

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou hoje (18) que imóveis do programa habitacional Minha Casa Minha Vida ainda desocupados serão reservados para abrigar pacientes que precisem ficar isolados por causa do novo coronavírus. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa do presidente da República, Jair Bolsonaro, e oito de seus ministros. 

"Fomos instados a colocar à disposição, para eventualidades, unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida, se precisar deixar pessoas em quarentena fora da estrutura dos hospitais", explicou o ministro. O objetivo das autoridades é evitar a superlotação de hospitais e unidades de saúde, caso o número de pessoas infectadas seja muito grande. 

Além disso, a pasta colocou à disposição do Ministério da Saúde o sistema de envio de mensagens de celular (SMS) e via TV digital utilizado pela Defesa Civil para alertar a população em casos de catástrofes. A ideia é que sejam enviadas mensagens com orientações sanitárias para conter a propagação do vírus. 

"São 26 milhões de usuários cadastrados em todo o Brasil, que serão municiados com informações do Ministério da Saúde, em relação ao tema em questão, inclusive com orientações profiláticas, que vão permitir que a população possa ser parametrizada em relação às principais ações que possam ser exercidas para evitar a propagação da doença", disse Marinho.

Companhias aéreas

O governo também manifestou preocupação com a situação das companhias aéreas. De acordo com o setor, a queda do número de voos internacionais chegou a 85%, enquanto a demanda doméstica caiu 50%. Durante a coletiva de imprensa do governo, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas citou as medidas que foram adotadas, entre elas a postergação do recolhimento de tarifas de navegação aérea e do pagamento das outorgas aeroportuárias, que são as parcelas pagas ao governo na privatização dos aeroportos. Outra medida é a prorrogação das obrigações de reembolso de passagens em dinheiro. 

"Caiu absurdamente a quantidade demandada, tanto no internacional, quanto no doméstico. As empresas têm custo em dólar, dificuldade de caixa, e algumas medidas estão sendo tomadas para preservar o caixa das empresas", disse Freitas.

Ele também falou em adotar prazo maior para renovação da validade de documentos como a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), já que os atendimentos de consulta e procedimentos presenciais de renovação estão sendo suspensos nos estados.