Estados do Sul ainda enfrentam desafio de preservar recursos hídricos

Estados do Sul enfrentam desafio de preservar recursos hídricos

Publicado em 24/03/2017 13:55 Por Daniel Isaia - Porto Alegre

Nesta Semana da Água, a Rádio Nacional veicula uma série de cinco matérias sobre os recursos hídricos no país e no mundo.
 

A reportagem desta sexta-feira (24) é sobre a situação dos rios e mananciais da Região Sul e a necessidade de preservação dos recursos hídricos da contaminação por poluentes, como o lançamento de esgoto bruto nos rios. Especialmente, porque a região concentra quase um terço do Aquífero Garani, o segundo maior reservatório subterrâneo do mundo.


O Sul do Brasil é uma região com chuvas bem distribuídas ao longo do ano e banhada por uma rede de rios, muitos deles com enorme potencial hidrelétrico. Sob o solo da Região Sul está quase um terço do Aquífero Guarani, segundo maior reservatório subterrâneo do mundo. 


Boa parte da água disponível na região, no entanto, está contaminada. O professor André Silveira, pesquisador do Instituto de Pesquisas Hídricas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a UFRGS, acredita que a falta de gestão e de controle da poluição é o principal problema a ser enfrentado no que se refere a esse recurso. 


Os números do Instituto Trata Brasil confirmam a preocupação do pesquisador: segundo a organização, apenas 41,4% do esgoto é tratado em toda a Região Sul.


No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, pouco mais de 24% do esgoto é tratado antes de ser despejado no leito dos rios. 


Os resíduos urbanos, no entanto, não são os únicos vilões quando se trata de poluição das águas, segundo o professor da UFRGS. 


Silveira afirma que a ingestão de água imprópria para o consumo aumenta a incidência de doenças como febre tifóide, cólera e hepatite A. 


Em relação à poluição causada pela agricultura, o pesquisador afirma que deveria haver um maior controle e fiscalização do uso de agrotóxicos. 


O professor André Silveira acredita que o Brasil deixou, por muito tempo, de enfrentar o problema de saneamento.


Segundo o Instituto Trata Brasil, o custo para universalizar o acesso à água potável e ao tratamento de esgoto, em todo o país, é de R$ 303 bilhões, investidos em um período de 20 anos.

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