Há 221 anos, a rainha da França, Maria Antonieta, foi guilhotinada. Se por um lado ela fosse considerada um símbolo da arrogância e da insensatez da monarquia francesa, por outro, era admirada a tal ponto de tornar-se uma mártir, que foi sacrificada por loucos revoltados.
A controvérsia começou ainda na época em que foi executada, no fim do século 18. Por isso, nos últimos anos, muitos historiadores têm se esforçado para traçar uma imagem mais equilibrada da rainha.
LOC: Maria Antonieta nasceu na Áustria, era a 15ª das 16 filhas do sacro imperador Francisco I. Com a morte dele, a mãe, a arquiduquesa Maria Tereza, usou uma estratégia bem comum para a época: oferecer a filha em casamento.
O propósito era criar uma aliança duradoura com a França, que vivia em conflito com a Áustria. Assim, Maria Antonieta tornou-se pretendente de Luis Augusto, neto do rei Luís XV.
Com a morte prematura dos pais, ele herdou o trono francês. Após o casamento, Maria Antonieta, então com 14 anos, teve dificuldades para se adaptar à nova vida na França. Mas estava encantada em viver no Palácio de Versalhes.
LOC: Maria Antonieta era fascinada com a noite agitada de Paris e adorava participar de bailes. Ela usava a moda como um instrumento político e também para se impor sobre qualquer mulher francesa.
Quando nasceu o segundo bebê, Maria Antonieta passou a ser mais respeitada na Corte, por ter gerado um sucessor homem ao trono.
LOC: Mas, longe de Versalhes, o povo francês sofria, enquanto o rei e a rainha gastavam muito para conservar um estilo de vida extravagante.
O governo tinha gastado muito para ajudar os colonos americanos, do outro lado do Atlântico, a se tornar independentes da Inglaterra e por isso ficou atolado em dívidas.
O que contribuíu para a revolta popular. Em outubro de 1779, o Palácio de Versalhes foi invadido. O rei, Maria Antonieta e os filhos ficaram sitiados.
LOC: Diante da ira do povo e da revolução em curso contra a monarquia, Antonieta e o rei tentaram fugir para a Áustria, mas foram logo capturados e levados de volta a Paris.
Em 1792, a monarquia francesa foi abolida e Luís XVI e Maria Antonieta foram condenados à morte por traição e condenados à guilhotina. Ela foi executada 9 meses depois do marido.
A morte na guilhotina transformou Maria Antonieta em uma lenda, um símbolo, um ícone da história da França e um mito para as futuras gerações. Maria Antonieta foi tia-avó da primeira imperatriz do Brasil, Maria Leopoldina, da Áustria, que foi casada com Dom Pedro I.
