Blocos não oficiais fazem sucesso no Rio de Janeiro

Publicado em 09/02/2016 - 17:28 Por Tâmara Freire - Rio de Janeiro

Eles não aparecem na listagem da prefeitura, não divulgam seus desfiles com antecedência, não sabem quando nem onde vão terminar e, principalmente, não pedem permissão para sair. E, por isso mesmo, ocupam o coração de muitos foliões que só querem saber dos blocos não oficiais do Carnaval de rua do Rio de Janeiro.


A referência maior desse movimento é o Cordão do Boitolo, que começou seu décimo primeiro cortejo na manhã desse domingo (7), no centro da cidade, e só foi terminar na manhã seguinte, em Botafogo, zona sul.


De acordo com Luis Otávio Almeida, um dos fundadores do bloco, isso só é possível justamente porque o Boitolo desfila de maneira independente.


Para ele, os milhares de foliões fieis que participam do bloco todos os anos se identificam com essa liberdade.


Luis Otávio não consegue dimensionar a quantidade de pessoas que participaram do cortejo este ano, mas baseando-se em fotos acredita que o número seja semelhante ao de blocos grandes da programação oficial, como o Sargento Pimenta.


Só os músicos que embalaram a multidão foram 400. Para administrar este público, neste ano, o Boitolo teve dois locais de concentração e só divulgou as informações exatas do desfile um dia antes, por meio da página do bloco no Facebook.


Essa foi a mesma estratégia usada pela organização do bloco Minha Luz é de Lead, que desfilou na quinta-feira (4), pelo terceiro ano.


Fundado por oito amigos, entre eles Júlia Jacobina, o bloco quer se manter pequeno e não oficial para garantir uma festa espontânea, iluminada e segura para o seu principal público.


Em 2010, vários blocos não oficiais do Rio de Janeiro se reuniram na Desliga dos Blocos, que questiona as exigências da prefeitura, incluindo a inscrição com seis meses de antecedência e também o lançamento de blocos patrocinados que visam o lucro.


A prefeitura do Rio de Janeiro sustenta que a comunicação prévia dos desfiles é necessária para fazer o balizamento do trânsito e minimizar os transtornos para os motoristas que trafegam pela cidade, além de garantir a presença de agentes da guarda municipal e da Secretaria da Ordem Pública.

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