Pesquisadores do Museu Nacional convivem com incerteza sobre destino de seus estudos
A tragédia ainda é muito recente para que o futuro tenha contornos claros, mas pesquisadores do Museu Nacional têm em comum o sentimento de que vão precisar se reinventar para lidar com as perdas.
Apesar do abatimento, o geólogo Renato Cabral, que conseguiu recuperar alguns minerais, destaca que a única certeza é continuar trabalhando.
A palavra reinvenção também aparece na fala do antropólogo Otávio Velho, presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, reforçou que só é possível a refundação do museu com a presença ativa dos pesquisadores.
A paleontóloga Luciana Carvalho, que se dedica ao estudo de fósseis, explica que para muitos pesquisadores, o incêndio pode interromper de fato o rumo de suas pesquisas.
O acervo de paleontologia do museu tinha uma importância científica e histórica reconhecida internacionalmente. Segundo Luciana, há esperança de que alguns ítens que estão preservados em rochas e em armários densos, possam ser recuperados.