Ilha de Marajó homenageia padroeiro com celebrações mais restritas
Acontece no Pará uma das festividades mais tradicionais do norte do país: é a Festa do Glorioso São Sebastião, Patrimônio Cultural do Brasil desde 2013.
O padroeiro é celebrado todos os anos, de 10 a 20 de janeiro, no município de Cachoeira do Arari, na Ilha de Marajó.
A abertura acontece sempre dia 10 de janeiro, quando três mastros são levantados. A partir daí, são vários rituais religiosos, como procissões e ladainhas, além de atividades culturais. Entre elas, a luta marajoara, uma espécie de judô ou jiu-jítsu, que não é violenta, mas exige perícia dos pugilistas, porque vence quem conseguir encostar as costas do oponente no chão.
A disputa é na areia, que costuma se transformar em lama, já que chove muito na região nesta época do ano. Tem ainda a corrida de cavalos marajoaras, com provas de velocidade e resistência.
O padre David, da paróquia central de Cachoeira do Arari, comenta sobre a importância da festa para os marajoaras.
Este ano, com a pandemia, a comemoração está diferente. As atividades profanas não estão acontecendo. Mas a celebração está garantida, como conta o professor Franco França, que participa todos os anos.
O ponto alto da festa é no encerramento, em 20 de janeiro, quando os três mastros são arrancados do chão e levados pelo povo em procissão pelas ruas da cidade, ao som de bandas de música e muita agitação, até amanhecer.
A festa do Glorioso São Sebastião é antiga, tem mais de 270 anos. A primeira edição foi em 1747.