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Cultura

Estimular a criatividade é o caminho para brincar, diz pesquisadora

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Beatriz Albuquerque* - Repórter da Rádio Nacional
19/10/2021 - 15:58
Brasília

Corda. Pique esconde. Skate. Bola. Cada criança tem uma preferência, mas todas elas gostam e precisam brincar. Mas será que os pequenos estão brincando mesmo? Ou essa atividade milenar está perdendo espaço para TV, celular e videogame?

Carmem Sophia é mãe da Raquel e do Daniel. Ela conta que sempre monitora o tempo de tela dos filhos e os estimula a fazer atividades diferentes, mesmo com as queixas recorrentes de estarem entediados longe da televisão.

Estimular a criatividade é o melhor caminho mesmo. Ângela Barcellos Café, professora da Universidade de Brasília, contadora de histórias e pesquisadora sobre a ludicidade, explica que a ação de brincar pode acontecer com ou sem material, já que próprio corpo pode ser o brinquedo, como, por exemplo, em atividades de correr, pique-pega, saltar, lançar, equilibrar. A professora garante que em todas as brincadeiras existe um aprendizado.

Ângela garante que a criança sempre vai saber como brincar, mesmo sem material nenhum, porque essa é uma atividade ancestral. Crianças sempre brincaram ao longo de toda história da humanidade. Ela admite que as telas, as cores, os sons e o brilho dos brinquedos modernos chamam a atenção dos pequenos. Mas brincadeiras com sucatas, materiais baratos ou mesmo só com a criatividade de pais e filhos são muito ricas.

Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais alerta para os enormes prejuízos causados às crianças por uma exposição excessiva às telas. Eles vão desde a dificuldade de aprendizagem, de interação social e de criar vínculos, até a de adaptação ao meio social e aos desafios impostos pela sociedade.

*com sonoplastia de José Maria Pardal

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