Cantor, compositor, ator, pintor e escritor. Bob Dylan construiu uma trajetória admirável internacionalmente, que rendeu a ele o Prêmio Nobel de Literatura. O artista foi nomeado ganhador do Nobel, em 13 de outubro de 2016, “por ter criado novas expressões poéticas dentro da grande tradição da canção americana”.
Nascido em 1941 e neto de imigrantes judeus, Bob Dylan estudou na Universidade de Minnesota. Quando se mudou para Nova Iorque em 1961, começou a cantar em clubes e cafés. A indicação ao Prêmio Nobel de Literatura considerou os trabalhos desenvolvidos pelo artista desde 1962 na música popular. O cantor também publicou livros. Em 1971, lançou uma coleção de poesia em prosa, sob o título Tarantula. Em 2004, escreveu a autobiografia Chronicles.
Reflexões sobre sua própria vida, relacionamentos e crenças religiosas estão entre os temas abordados em suas produções escritas, com influência do modernismo e do beatnik, um movimento literário que teve sua origem nos Estados Unidos nos anos 1950.
O artista não compareceu à cerimônia de premiação, em dezembro de 2016. Somente no início de abril de 2017, Bob Dylan foi a Estocolmo, na Suécia, para ser agraciado em uma reunião particular na Academia Sueca. Como requisito para receber o Nobel, os agraciados precisam fazer uma palestra em até seis meses após o anúncio. O artista cumpriu o compromisso faltando dias antes de encerrar o prazo, em junho de 2017. Bob Dylan disse que, depois que foi indicado para o prêmio, começou a refletir sobre a relação entre a sua música e a literatura. Dylan também destacou que os livros que leu na escola influenciaram seu trabalho de compositor. Entre eles, citou Dom Quixote, Robinson Crusoé, Moby Dick e Odisseia. Além do título do Prêmio Nobel de Literatura, o artista também recebeu US$ 900 mil.
História Hoje
Redação: Beatriz Evaristo
Sonoplastia: José Maria Pardal
Apresentação: Dilson Santa Fé
