O pedido para José Celso Martinez deixar de ser artista foi feito por Silvio Santos em 2017 em uma reunião mediada pelo então governador de São Paulo, João Doria.
O debate girava em torno do terreno do empresário que tem 11 mil metros quadrados e fica bem ao lado do Teatro Oficina, a sede do grupo criado por Zé Celso, em 1958, e que desde então ocupa o número 520 da rua Jaceguai no Bixiga, centro de São Paulo.
O palco do oficina é diferente de qualquer outro. O galpão de pé direito alto e comprido foi projetado pela arquiteta Lina Bobardi e foi pensado como uma avenida com conexão direta com o espaço público e que é atravessada pelos artistas de ponta a ponta durante as apresentações.
O público fica em arquibancadas que se elevam ao lado desta avenida, mas o ponto alto são as janelas gigantescas que ficam de frente, justamente, para a propriedade de Silvio Santos. A natureza que atravessa transparente, integra o cenário.
Em 2017, depois do espetáculo O Rei da Vela, Celso Martinez explicou qual é a proposta dele para o terreno.
O teatro Oficina já foi eleito o melhor teatro do mundo pelo jornal britânico The Guardian e é tombado pela prefeitura de São Paulo, pelo governo do estado e pelo Iphan. Mas o projeto de Silvio Santos para o terreno vizinho é bem diferente.
No ano 200, ele tentou construir um shopping no lugar. A obra foi embargada pela justiça. Oito anos depois, a proposta já era outra: a construção de três torres residenciais de 100 metros de altura cercando todo o teatro.
A proposta das torres chegou a ser aprovada pelo IPHAN em 2018 no governo de Michel Temer, mas a obra também foi embargada pela justiça. Entre idas e vindas, o espaço continua em disputa.
Em 2020, a Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou uma lei para criar o Parque do Bixiga no lugar, mas o texto foi vetado pelo então prefeito Bruno Covas.
Nesta quinta-feira, um novo projeto foi apresentado pelo vereador do PSOL, Celso Giannazi, que propõe a criação do Parque Municipal do Rio do Bixiga, Zé Celso Martinez Corrêa.
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