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Cultura

115 anos da Umbanda: saiba mais sobre a religião que surgiu no Brasil

15 de novembro é o Dia Nacional da Umbanda
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Cristiane Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional
15/11/2023 - 12:01
Rio de Janeiro
São Gonçalo (RJ), 13/11/2023 - Samuel da Costa, 17 anos, é líder do Grupo Jovem Bala e Pimenta na Tenda Espírita São Lázaro, um terreiro de Umbanda Omolokô, no bairro Pita. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
© Fernando Frazão/Agência Brasil

Os 115 anos da Umbanda - religião que surgiu no Brasil e que prega luz, caridade e amor - estão sendo lembrados este ano com debates, apresentações musicais e homenagens às lideranças umbandistas.

A programação acontece durante toda esta semana no município de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde, no dia 16 de novembro de 1908, em uma sessão espírita, o médium Zélio Fernandino de Moraes, incorporou o caboclo das Sete Encruzilhadas e anunciou a Umbanda.

Um dia antes, a mesma entidade havia se manifestado em Niterói, anunciando a religião. Foi nesta data, 15 de novembro, que ficou instituído como o Dia Nacional da Umbanda. Foi a partir de uma lei do então deputado federal Carlos Santana, do PT do Rio, aprovada em 2008, e aprovada em 2008, no Congresso Nacionale sancionada pela presidente Dilma Rouseff, em 2012.

O babalorixá Fernando D’Oxum, zelador da Tenda Espírita São Lázaro, em São Gonçalo, reconhece os muitos desafios da religião. Ele defende que a data seja incluída no calendário oficial da cidade. A prefeitura alega que o projeto precisa ser apresentado e aprovado na Câmara de Vereadores do Rio.

A intolerância religiosa também preocupa o babalorixá Wilker Leite Filho, do Templo Umbandista Estrela do Amanhã, em Bangu, na Zona Oeste da capital fluminense.

Líder do grupo jovem da Tenda Espírita São Lázaro, Samuel Salustiano, de 17 anos, vem de uma família de umbandistas e diz, com firmeza, que a religião é um pilar na sua vida. Mas, admite que o preconceito religioso aparece desde o momento em que o umbandista coloca sua roupa branca, seu pano de cabeça, ou simplesmente entra em um terreiro.

Mas para o babalorixá Wilker, as novas gerações que frequentam as tendas já trazem um conhecimento mais teórico da religião com as aulas de evangelização e o acolhimento de seus pais. Isto acontece com o pequeno Arthur, de dois anos e meio, que acompanha a mãe Juliana em todas as sessões.

O Censo 2022 do IBGE ainda não contabilizou o número de umbandistas no país. Mas, de acordo com o Censo 2010, o país tinha mais de 407 mil pessoas umbandistas.

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