Operários da Sapucaí: diretor de barracão comanda "fábrica" de escolas
Após as festas de fim de ano, o brasileiro já está pensando no Carnaval. No Rio de Janeiro, além dos blocos de rua, o ponto alto são as escolas de samba.
E um desfile na Sapucaí precisa de muitos profissionais para acontecer. Em pouco mais de 60 minutos que uma escola do Grupo Especial passa pela avenida, tudo tem que dar certo.
Os carros alegóricos ficam sob a responsabilidade do diretor de Barracão. Logo após o carnaval, é feito o desmonte, selecionando o material a ser reaproveitado.
Em julho, começa o processo de montagem das novas alegorias, envolvendo diferentes profissionais, geralmente temporários.
Desde o início da montagem até o produto final, são várias etapas, como detalha a diretora de barracão, Tânia Bisteka.
Tânia avalia que é necessária muita organização para que o desfile seja o mais perfeito possível. E a dedicação tem que ser total e integral.
Ela já foi rainha de bateria. Hoje é a primeira mulher à frente de um barracão. Sua carreira começou cedo. Foi para a Mangueira aos 8 anos.
Tânia fala dos desafios de trabalhar em um lugar onde predominam os homens.
E repetindo Bisteka, a organização é a palavra-chave numa escola de samba. Por exemplo: os carros alegóricos das escolas do Grupo Especial do Rio.
Eles ficam, durante o ano, na Cidade do Samba. Lá trabalham engenheiros de produção, mecânico, elétrico, entre outros, que são responsáveis por todas as etapas de montagem.
Desde 2005, profissionais das agremiações contam com uma área de cerca de sete mil metros quadrados, distribuídos em 14 galpões com capacidade para criação de até 12 carros alegóricos.
E para que uma escola de samba entre na avenida, existe o trabalho de uma equipe eficiente para garantir que tudo aconteça dentro do que prevê o regulamento e chegar até a Nota 10.
*Esta reportagem faz parte da série sobre trabalhadores que fazem o carnaval das escolas de samba na Sapucaí. Confira o conteúdo completo:
Diretor de barracão comanda "fábrica" de escolas
Os artesãos do Norte que "constroem" o carnaval