Sem vaga em albergues, moradores são retirados das ruas em São Paulo

O Ministério Público de São Paulo abriu inquérito para investigar a prefeitura de São Paulo que retirou barracas de moradores de rua do centro como uma ação de zeladoria da subprefeitura da Sé.

A denúncia foi encaminhada pela deputada federal Erika Hilton (Psol-SP). O subprefeito da Sé, Álvaro Camilo, deve prestar esclarecimentos no dia 27 de fevereiro ao Ministério Público.

Em entrevista na semana passada, o prefeito de São Paulo Ricardo Nunes afirmou que a retirada de barracas só aconteceria quando houvesse vagas suficientes em albergues e serviços assistenciais da prefeitura a todos os moradores de rua de São Paulo.

No entanto, o coordenador do Movimento Nacional da População de Rua, Robson Mendonça, afirmou que a retirada de barracas já está ocorrendo, mesmo sem haver vagas suficientes em albergues para os moradores de rua.

De acordo com o censo de população de rua da Universidade Federal de Minas Gerais, há mais de 42 mil pessoas nessa situação na capital paulista.

Procurada, a prefeitura não respondeu os questionamentos até o fechamento desta reportagem