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Direitos Humanos

CNDH coletará informações sobre grupos neonazistas no Rio

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Priscila Thereso - Repórter da Rádio Nacional
25/06/2024 - 11:50
Rio de Janeiro
Brasília (DF) 04/06/2024 O Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Sílvio Almeida, participa de sessão solene para celebrar os 10 anos do  Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH).  Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Uma delegação do Conselho Nacional de Direitos Humanos vai ouvir vítimas, autoridades e especialistas sobre o neonazismo no Brasil. Os representantes desembarcaram no Rio de Janeiro nessa segunda-feira e o cronograma da visita se estende até sexta-feira. A questão do neonazismo já havia motivado uma outra viagem em abril deste ano à Santa Catarina, e outros estados também devem ser visitados.

No Rio de Janeiro, estão previstas agendas com autoridades policiais e judiciais para levantamento de dados e informações, na capital fluminense e em Niterói, na região metropolitana do Rio. Entre as atividades estão audiências públicas e um painel acadêmico em conjunto com a Universidade Federal Fluminense, que acontece nesta terça-feira.

Há alguns meses, o Conselho Nacional de Direitos Humanos desenvolve um trabalho para apurar o crescimento de células neonazistas no país. Foi criada uma relatoria especial sobre o tema, cuja coordenação é do conselheiro Carlos Nicodemos, que participa das atividades no Rio de Janeiro.

As preocupações do Conselho Nacional de Direitos Humanos com o crescimento de grupos neonazistas no Brasil, ao longo dos últimos anos, já foram inclusive levadas ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas. Um relatório preliminar, entregue em abril, classificou o cenário atual como "alarmante".

Segundo estudos da antropóloga Adriana Dias, falecida no ano passado, as células de grupos neonazistas cresceram 270% no Brasil, no período de janeiro de 2019 a maio de 2021, se espalhando por todas as regiões do país. No início de 2022, havia mais de 530 núcleos extremistas no Brasil. Os participantes compartilham o ódio contra feministas, judeus, negros e população LGBTQIAP+.

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