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Direitos Humanos

Plano Juventude Negra Viva chega à Niterói, no Rio de Janeiro

Plano foi construído a partir da escuta de 6 mil jovens
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Carolina Pessoa - repórter da Rádio Nacional
16/06/2025 - 20:26
Rio de Janeiro
São Paulo (SP) 25/11/2023 Artistas negros organizam mostra que discute periferia e racismo em SP. Fotos Daniel Mello
© Fotos Daniel Mello

Niterói, município da região metropolitana do Rio de Janeiro, é o mais novo integrante do Plano Juventude Negra Viva. A participação foi formalizada nesta segunda-feira (16), em cerimônia na Universidade Federal Fluminense.

O programa, criado pelo Ministério da Igualdade Racial, tenta reduzir as vulnerabilidades que afetam a juventude negra brasileira e a violência letal. São 11 eixos de atuação e 217 ações pactuadas com 18 ministérios.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou a importância de ampliar o alcance da iniciativa.

“É uma honra quando a gente pensa esse Plano Juventude Negra Viva. E eu sempre digo que quando a gente chega em espaços como esse, onde a gente pode decidir e ajudar pelo futuro da nossa juventude, a gente tem que fazer e muito. O Juventude Negra Viva ele tem um recorte que não é só pensar na diminuição da violência, mas é também pensar o jovem na escola, o jovem com saúde, o jovem com emprego”.

Bruna Brelaz, presidente do Conselho Nacional de Juventude, reforçou que políticas públicas são necessárias para avançar na luta dos jovens negros.

“Se hoje conquistamos políticas públicas importantes para o nosso país, nossa luta perpassa pela aprovação de um plano nacional de juventude, que consolide essas políticas públicas como políticas de Estado. Essa é a bandeira dessa geração.”

O plano foi construído a partir da escuta de aproximadamente 6 mil jovens durante a realização das Caravanas Participativas, que percorreram os 26 estados e o Distrito Federal. A própria juventude negra apontou os principais problemas enfrentados e sugeriu as soluções.

Essa parcela representa quase 23% da população do país e ocupa as posições mais precárias no mercado de trabalho, enfrenta os maiores desafios educacionais, piores condições de moradia, além de ter acesso mais limitado à saúde e aos bens e serviços.

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