A equipe econômica do governo federal reduziu para quase zero a previsão do PIB, Produto Interno Bruto, que é a soma das riquezas produzidas pelo país e reflete o crescimento econômico. No começo do mês, a previsão era de que, este ano, a economia brasileira crescesse 2,1%. Nessa sexta-feira, a expectativa caiu para 0,02%.
De acordo com o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, o motivo da redução é o efeito da pandemia do novo coronavírus na economia mundial.
O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, admitiu que o cenário pode ser ainda pior, e existe a possibilidade de o Brasil entrar em recessão.
Sachsida também descartou a possibilidade de um programa de aquecimento da economia nos moldes do que será feito nos Estados Unidos, onde todos terão direito a um auxílio financeiro do governo.
A nova previsão do desempenho da economia foi divulgada no mesmo dia em que o Congresso Nacional concluiu a votação para declarar estado de calamidade pública em todo o país. A medida autoriza o governo a não cumprir a meta de resultados das contas públicas.
Até agora, a meta era de encerrar o ano com gasto de R$ 124 bilhões a mais que o que o governo conseguirá arrecadar. Agora, a expectativa é de déficit de R$ 161 bilhões. E, de acordo com Waldery Rodrigues, ainda pode aumentar.
O próximo relatório com a previsão do PIB será divulgado no dia 22 de maio, mas a equipe econômica informou que deve fazer uma nova revisão antes disso. Provavelmente no dia 15 de abril, quando enviar ao Congresso Nacional o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias.