Hotéis do Rio começam retomada de atividades e têm 30% de ocupação
Passados cinco meses em que a rede hoteleira do Rio de Janeiro fechou as portas, demitiu milhares de funcionários e amargou milhões de reais em prejuízos por causa da pandemia de Covid-19, os hotéis da capital fluminense já começam a retomar as atividades nesse período de flexibilização determinado pelas autoridades do município e do estado do Rio de Janeiro.
Na primeira semana de setembro, entre os cinco estrelas, voltam a funcionar o Sheraton, no Leblon, o Fairmont, em Copacabana, e o Grand Hyatt, na Barra da Tijuca. O Fasano e o Copacabana Palace já abriram e todos com serviços limitados e seguindo os protocolos da Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde e da OMS.
O recomeço só conseguiu 30% do total da ocupação. A ABIH-RJ, a Associação Brasileira da Indústria Hoteleira no Rio de Janeiro, reconhece que a retomada completa do setor vai ser lenta e pode demorar até dois anos. Por isso, o presidente da entidade, Alfredo Lopes, avalia que o momento é de investir em campanhas para trazer hóspedes do mercado doméstico.
Lopes lamenta que alguns dos hotéis que se encontram fechados não vão reabrir, o que vai ser uma perda significativa em termos de empregos e de receita para a economia do município.
O presidente do Sigabam, o Sindicato dos Garçons, Barman e Maitres do Estado do Rio de Janeiro, Antônio dos Anjos, também acredita que a retomada do setor hoteleiro vai começar pelo turismo interno. Para ele, o principal desafio é a conscientização de hóspedes e funcionários dos hotéis de que a proteção contra o novo coronavírus depende de cada um.
Sobre a redução de postos de trabalho, Antônio dos Anjos se diz confiante de que, com a retomada das atividades, muitos colegas terão seus empregos de volta. Mas, isso deve acontecer somente a partir do final deste ano.