Número de famílias que se declaram muito endividadas caiu em agosto

Segundo pesquisa da CNC, é a primeira queda desde janeiro deste ano

Publicado em 03/09/2020 - 13:33 Por Cristiane Ribeiro - Rio de Janeiro

O volume de dívidas dos consumidores brasileiros seguiu, em agosto, a tendência de alta e foi o maior da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada desde 2010 pela CNC, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.

Os dados divulgados nesta quinta-feira (3) apontam, porém, que está menor o ritmo das dívidas em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal e prestação de carro e de casa.

Em agosto o percentual ficou em 67,5%, uma alta de apenas 0,1 ponto percentual em relação a julho. No comparativo anual, o índice registrou aumento de 2,7 pontos percentuais.

A pesquisa da CNC mostra que a proporção das famílias que se declararam muito endividadas registrou no mês passado a primeira queda desde janeiro deste ano. Mas, especificamente entre as famílias de menor renda, as dívidas continuam crescendo. No sentido contrário, entre as famílias com renda acima de 10 salários, esta mesma proporção diminuiu.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca que as famílias com maior renda têm aumentado a poupança e diminuído o consumo, principalmente de serviços, enquanto a necessidade de crédito segue maior para as famílias com renda mais baixa.

E lembra que os benefícios emergenciais têm impactado de forma positiva no consumo, especialmente dos itens considerados essenciais, e auxiliado o pagamento de despesas, ainda que parcialmente, entre os brasileiros de menor renda.

Para Tadros, as transferências emergenciais, junto com as taxas de juros baixas e a inflação controlada, são fatores que favorecem o crédito e o poder de compra dos consumidores.

Ainda segundo a pesquisa, o total de famílias com dívidas ou contas em atraso atingiu a maior proporção desde março de 2010. Já a parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes manteve-se praticamente estável em agosto.

Edição: Sâmia Mendes

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