Inflação das famílias de baixa renda continua em alta em setembro
A inflação para as famílias de baixa renda continuou, em setembro, a trajetória de alta iniciada em junho. A variação do Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 no mês passado foi de 0,89%, ante taxa de 0,55%, de agosto.
Os dados, divulgados nesta terça-feira (6), pela Fundação Getulio Vargas, mostram que a alta dos preços dos alimentos foi o que mais impactou o avanço do IPC-C1 de setembro.
Além do arroz, do óleo de soja e das carnes, que já vinham subindo desde o início da pandemia de covid-19, agora aparece o feijão. E a tendência de alta vai continuar nos próximos meses, pois, segundo o economista da FGV, André Braz, os índices dos itens da cesta básica são fortemente influenciados pela desvalorização cambial, por efeitos sazonais e também pela mudança de hábitos de consumo, causando maior impacto para as famílias mais pobres.
O IPC-C1, que mede a inflação para as famílias que vivem com até 2,5 salários mínimos, também foi pressionado em setembro pela alta dos preços das passagens aéreas e das roupas. Com o resultado de setembro, o indicador acumula, nos últimos 12 meses, alta de 4,54%, acima da meta de 4% estabelecida pela equipe econômica do governo para o ano de 2020.