O abate de suínos no Brasil é o maior desde 1997. Os dados foram divulgados nessa terça-feira pelo IBGE e são referentes ao 2º trimestre de 2022. Foram mais de 14 milhões de cabeças de suínos abatidas. O número é recorde quando comparado aos trimestres anteriores.
O mercado de carne suína vem mostrando uma retomada na produção mês a mês, com alta de 7,2% ante ao mesmo período de 2021 e de 3% frente ao 1° trimestre de 2022. O abate de suínos teve alta em 19 das 25 Unidades da Federação participantes da pesquisa. E segundo os dados 81 % da produção suína ficou no mercado interno.
Segundo Bernardo Viscardi, supervisor de indicadores pecuários do IBGE, o aumento no consumo interno é um dos fatores para o crescimento da produção. A carne de porco vem substituindo a carne bovina, que teve seu consumo reduzido pela alta dos preços. A queda nas exportações, principalmente por causa da retomada da produção chinesa no setor, também ajuda a esclarecer porque um percentual tão alto do abate suíno brasileiro ficou no mercado doméstico, como explica Viscardi.
"As exportações apresentaram queda de 11,4% em comparação ao ano passado, em grande parte, por conta da reposição do rebanho chinês, o rebanho suíno do chinês. 01:01 Após o controle da peste suína africana. 01:03 Apesar disso, a China continua sendo o principal destino da carne suína brasileira com participação de 36,8% nas exportações", afirmou.
A pesquisa trouxe também dados sobre a produção do rebanho bovino, de frangos, além de couro, leite e ovos no país e podem ser acessadas no site ibge.gov.br