Em agosto, o percentual de famílias endividadas no Brasil caiu 0,7 ponto percentual, o menor nível desde junho do ano passado, atingindo 77,4% das famílias. A inadimplência não caía desde novembro de 2022.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da CNC - Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.
Mas apesar da queda no número de endividados, a inadimplência preocupa. 12,7% da população afirma não ter condições de pagar as dívidas de meses anteriores, um recorde da série histórica do indicador, iniciada em janeiro de 2010.
A CNC estima que a proporção de consumidores endividados continuará a cair nos próximos meses, chegando a cerca de 77% agora em setembro. Com previsão de voltar a crescer no final do ano.
A pesquisa revela ainda que 30% das pessoas tem algum compromisso financeiro em atraso, a maior proporção desde novembro de 2022.
Outro destaque é a redução de 0,4 pontos percentuais no número de endividados no cartão de crédito, atingindo o menor nível desde agosto do ano passado. O cheque especial e o crédito pessoal foram responsáveis pela redução de 0,1 ponto percentual no número de endividados, segundo a economista da CNC responsável pela Pesquisa, Izis Ferreira.
Os dados da Pesquisa também destacam que o endividamento está em declínio entre os consumidores de diferentes faixas de renda, com destaque para quem ganha entre 3 e 10 salários-mínimos. No entanto, a inadimplência cresceu em todas as faixas de renda nas comparações mensal e anual.