O Brasil bateu um novo recorde de pessoas ocupadas: 100,5 milhões no trimestre encerrado em novembro, um crescimento de mais de 850 mil na comparação com agosto. Já a taxa de desemprego ficou em 7,5%, a menor desde fevereiro de 2015. E considerando apenas os trimestres encerrados em novembro, é a mais baixa desde 2014. A queda de 0,2 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior foi a terceira consecutiva. Os dados são foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge). A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do Ibge, Adriana Beringuy, explica que neste período do ano, é comum que a ocupação aumente, ainda assim houve avanço na comparação com o ano passado.
O Ibge identificou ainda que a maior parte dos trabalhadores que começaram uma ocupação neste trimestres foi com carteira assinada: 515 mil. Com isso, o emprego formal no setor privado aumentou 1,4%, totalizando 37,7 milhões de trabalhadores, segundo maior patamar da série histórica. Mas os empregados sem carteira também chegaram ao maior patamar da história, mais de 13 milhões de pessoas. Com isso, a taxa de informalidade do país ficou em 39,2% da população ocupada, um ligeiro aumento de 0,1 ponto percentual na comparação com os três meses anteriores. Adriana explica que há diferença de acordo com as atividades analisadas.
Uma boa notícia é que a proporção de trabalhadores desalentados - aqueles que desistiram de encontrar trabalho - caiu 5,5%. Mas apesar de esse ser o menor contingente desde agosto de 2016, ainda havia quase 3,5 milhões de pessoas nessa situação no país. Outro dado positivo foi o aumento do rendimento médio real, que chegou a R$ 3.034 mensais.