Banco Central projeta inflação menor nos próximos meses

A inflação ao consumidor deve ser menor nos próximos meses. É o que projeta o relatório de inflação publicado na manhã desta quinta-feira (27) pelo Banco Central.

De acordo com o documento, os medicamentos, combustíveis e tarifas de energia elétrica devem permanecer com preços estáveis ou com pouca variação nos próximos meses.

Já os alimentos, que contribuíram para a alta de 0,14% acima do projetado nos meses de março, abril e maio, também devem ficar com preços sem grandes variações apesar das enchentes no Rio Grande do Sul.

Por outro lado, é esperada uma alta maior da inflação no setor de serviços, puxada pelas passagens aéreas. A projeção é de inflação de 0,12% em julho, 0,07% em agosto e 0,21% em setembro.

No caso da inflação a longo prazo, o relatório Focus, produzido pelos grandes bancos, projetam inflação de cerca de 4% para este ano, 3,8% para 2025 e 3,6% para 2026. Todos os índices dentro da meta de 3% com variação de 1,5% para mais ou para menos.

O que, para o Banco Central, justifica a manutenção dos juros em 10,5% pelo Copom, como forma de atenuar a atividade econômica, que se encontra surpreendentemente aquecida, de acordo com o relatório.

A expectativa do aumento do PIB em 2024 passou de 1,9% para 2,4%, puxado principalmente pelo crescimento do consumo das famílias.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, em coletiva de imprensa, que uma alta na taxa de juros não é o cenário base projetado para o futuro. E reforçou a mensagem passada na ata do Copom, de que o Comitê preferiu não fazer nenhuma previsão de aumentar ou baixar os juros nas próximas reuniões.

Ainda de acordo com o relatório, outros fatores que justificam a manutenção dos juros é o cenário externo, especialmente a flexibilização da política monetária dos Estados Unidos