Mais de 3 mil e 800 tiroteios foram registrados em um ano na cidade do Rio de Janeiro. É uma média de 10 por dia. Essa rotina violenta afeta o funcionando de escolas e creches da rede municipal e compromete a formação educacional, psicológica e emocional das crianças cariocas.
É o que afirma o estudo do aplicativo Fogo Cruzado e da Fundação Getúlio Vargas que analisou o impacto da violência armada nas crianças que estudam no Rio de Janeiro.
Segundo a pesquisa, mais de 129 mil alunos da rede municipal foram prejudicados pelos tiroteios. Para a gestora de dados da plataforma Fogo Cruzado, Cecilia Oliveira, é preciso repudiar diariamente essa situação.
Segundo o estudo divulgado nesta segunda-feira, das 1.537 escolas e creches municipais no Rio, 381 ficaram fechadas um ou mais dias durante o primeiro semestre de 2017 por causa de tiroteios ou eventos relacionados.
Grande parte das ocorrências de tiroteios na Zona Norte, principalmente nas regiões do Complexo do Alemão e da Maré. As imediações da Avenida Brasil, na altura do bairro da Penha, também chamam atenção.
Mas os bairros de Costa Barros, Acari e Cidade de Deus são os que concentram maior número de escolas municipais, estaduais e creches expostas à violência armada.
