Com déficit previsto de R$ 92 milhões para este ano, a UNB pode ter o funcionamento comprometido se não conseguir equilibrar o orçamento.
A informação é da reitora Márcia Abraão Moura, que nesta quinta-feira apresentou à situação à comunidade acadêmica. Ela lamenta que, apesar de esforços junto ao Congresso Nacional e ao MEC, Ministério da Educação e Cultura, não há perspectiva de melhora.
Denise Imbróise, do DPO, o Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, revelou que o orçamento da UnB vem aumentando. Segundo os dados apresentados, em 2013 foi de R$ 1,2 bilhão, enquanto neste ano será de R$ 1,7 bilhão.
Em despesas obrigatórias, como contas de luz e limpeza, a universidade vai gastar R$ 230 milhões. Outros R$ 28 milhões são para investimento.
Esse recurso, que é utilizado para obras de infraestrutura, aquisição de computadores e de livros para as bibliotecas, vem sendo reduzido. Em 2013, eram de R$ 82 milhões.
No início da apresentação, um grupo de estudantes protestou contra a demissão de funcionários terceirizados, uma das alternativas para conter o déficit da universidade.
Para tentar controlar o déficit e garantir o funcionamento da UnB até dezembro, a instituição busca ampliar a receita em R$ 50 milhões com rendimentos do Cebraspe, antigo Cespe.
Já para reduzir as despesas em 40 milhões, está prevista a redução de contratos, a suspensão de estagiários pagos e de subsídios. As despesas em alimentação dos estudantes com vulnerabilidade serão mantidas.
A UnB é a maior instituição de ensino superior do Centro-Oeste do Brasil. É apontada como a quarta melhor universidade brasileira e está entre as 20 melhores universidades da América Latina.
Quase 40 mil alunos entre graduação e pós-graduação, estudam na UnB, que possui 4 campi - no Plano Piloto, em Planaltina, no Gama, e em Ceilândia.