Instituições de ensino vão decidir rumos da greve na próxima segunda

Publicado em 24/05/2024 - 16:07 Por Sayonara Moreno - repórter da Rádio Nacional - Brasília

Com quase 60 instituições de ensino federais em greve, as entidades representantes dos professores dizem que querem continuar negociando com o governo federal e, por isso, pedem que os sindicatos não assinem o acordo, na próxima segunda-feira (27), data limite dada pelo Ministério da Gestão. 

Isso porque o Ministério da Gestão enviou uma proposta “final” após algumas reuniões de negociação com os servidores. Durante coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (24), o presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Gustavo Sefferian, disse que isso foi um ultimato do governo.  

"No momento em que a greve chega no seu estágio de maior intensidade, o governo federal coloca uma interdição na continuidade dos diálogos, apontando que, no dia 27 próximo, os professores e professoras que quiserem assinarão, por meio das suas entidades, um acordo a partir da última proposta que nos foi lançada e que, caso esse acordo não se dê, não terão mais espaços para negociação. Nós queremos seguir negociando com o governo federal".

O Ministério da Gestão confirmou que, “após cinco rodadas de negociação com as entidades, o governo informou que essas eram as propostas finais”. Disse, ainda, que a proposta é de reajuste em duas parcelas: 9% no ano que vem e 3,5% em 2026. 

Ainda na coletiva, Gustavo Sefferian, do Andes, disse que o governo tem espaço no orçamento para o reajuste e para mais investimentos na educação.  

"As discussões mais recentes colocadas no âmbito do governo federal, que não só reviram a projeção do déficit orçamentário e proporcionaram uma abertura no orçamento da ordem de R$ 2,9 bilhões para esse ano, são sem sombra de dúvida o espaço possível, potencial, para a atenção dessas demandas". 

A proposta do MGI não apresenta reajuste para 2024. No entanto, oferece para todos os servidores o auxílio-alimentação de R$ 1 mil, este ano. O governo lembra, ainda que, no ano passado, todos os servidores federais receberam 9% de aumento.  

No dia 15 de abril, os professores federais ligados ao Andes iniciaram a greve, que se estende até o momento, por falta de acordo.   

Edição: Nadia Faggiani / Liliane Farias

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