Mais de 7 milhões de crianças refugiadas estão fora da escola. É o que revela o relatório da Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados. Esse número é quase a metade das 14,8 milhões de crianças refugiadas em idade escolar do mundo.
O Relatório sobre Educação de Refugiados da Agência de 2023 é baseado em dados de mais de 70 países que abrigam pessoas refugiadas. O documento aponta que, até o fim de 2022, o número de refugiados em idade escolar aumentou quase 50% em relação aos 10 milhões do ano anterior e que esse número foi impulsionado, principalmente, pela invasão de parte da Ucrânia pela Rússia.
Para a ONU, um dado chama a atenção para que países mais ricos e a iniciativa privada possam mudar esse cenário: 20% dos refugiados, incluídos aí também os adultos, vivem nos 46 países menos desenvolvidos do mundo. Outros vivem em países de baixa e média renda, o que faz com que os custos sobre a educação das crianças refugiadas recaiam sobre os mais pobres de maneira desproporcional.
Além da questão financeira, o documento também aponta, entre os fatores para que essas milhares de crianças refugiadas estejam fora das escolas, a falta de políticas públicas inclusivas e o idioma.
O relatório, que está disponível no endereço acnur.org, destaca exemplos de alunos refugiados do Afeganistão, do Iraque e do Sudão do Sul que superaram obstáculos, aproveitaram oportunidades e se destacaram.
Além disso, propõe medidas importantes que os doadores, a sociedade civil, outros parceiros e os Estados que acolhem pessoas refugiadas podem adotar em conjunto para apoiar a educação dos refugiados.
