O Instituto Trata Brasil divulgou em agosto o ranking do Saneamento Básico, com avaliações dos principais indicadores do setor nas cem maiores cidades brasileiras.
De acordo com o estudo, lideram o ranking de melhor sistema de saneamento básico Franca, em São Paulo, e Maringá, no Paraná.
As últimas duas posições são ocupadas por Ananindeua, no Pará, e Porto Velho, em Rondônia.
Das vinte melhores cidades, onze são do estado de São Paulo; três de Minas Gerais; quatro do Paraná e duas do Rio de Janeiro. Na avaliação do instituto, é necessário aumentar os investimentos no Norte e Nordeste do país, onde os avanços têm sido baixos.
A média de atendimento da população com água tratada nas localidades avaliadas foi de 92%, superior à média nacional de 82%. Já o atendimento com coleta de esgoto somou 62%.
O volume de esgoto não tratado nos 100 municípios estudados equivale a mais de duas mil e novecentas piscinas olímpicas.
Conforme o relatório do Instituto, os dados mostram que a meta do governo federal de universalizar o saneamento básico nos próximos vinte anos dificilmente será alcançada.
Segundo Édison Carlos, presidente-executivo do Instituto Trata Brasil, as falhas no serviço de saneamento trazem prejuízos para a saúde e a educação.
A média do desperdício de água nas cem maiores cidades em 2012 atingiu 39%, superior à media brasileira de 36%. Normalmente provocam as perdas vazamentos, roubos, gatos e erros de medição. O estudo afirma que não houve redução significativa no desperdício de água entre 2011 e 2012.
O ranking montado pelo Instituto Trata Brasil usou os dados de 2012 do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento, do Ministério das Cidades.