Pacientes que estão a espera de cirurgias de joelho e quadril vão ser atendidos em Rondônia por meio de mutirões promovidos pelo Into, o Instituto de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad, do Rio de Janeiro.
A ação acontece nas semanas do dia 15 de junho e sete de julho. Cerca de sessenta pessoas já passaram pela avaliação dos profissionais da instituição e agora aguardam a cirurgia.
Ivanete Nunes, de 38 anos, sofre de Hanseníase crônica e é uma das selecionadas para participar do primeiro mutirão. A doença acabou desencadeando um processo intenso de inflamação das articulações.
Ivanete vai operar o joelho. A esperança é de que a cirurgia amenize a dor que ela sente diariamente.
Sonora; A doença em si, ela me prejudicou bastante. Eu vou fazer esta cirurgia para amenizar a dor que eu sinto. Eu sinto muita dor. Eu não consigo caminhar. Eu ando mal dentro da minha casa. Então, assim, é um processo cirúrgico que vai me deixar sem dor. Mas não vou poder fazer muita coisa. Mas eu acredito que viver sem dor hoje é muita coisa.
O objetivo do programa, que já tem onze anos, é atender pacientes de áreas distantes do Brasil com serviços de alta complexidade; sem necessidade de o paciente se deslocar de seu estado.
A definição da região onde acontece o projeto ocorre de acordo com a necessidade informada pelos estados à Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade do Ministério da Saúde.
Segundo o coordenador do projeto, o anestesista José Luiz Ramalho, a região Norte é a que mais demanda atendimentos.
Sonora: Nas fichas que nós temos aqui de atendimento fora de domicílio, que a gente recebe aqui no Into, os cinco primeiros demandantes são da região Norte. Ou então os quatro primeiros. Tem um é da região nordeste. Sem dúvida nenhuma é a região do País onde você tem a menor oferta deste tipo de cirurgia. Por vários motivos, desde o custo a quantidade de profissionais para fazer. Provavelmente aqui no hospital eu tenho mais médicos capacitados para fazer cirurgia de quadril do que em todo um estado da região norte.
O Into é responsável por levar a equipe técnica, composta por dezesseis profissionais entre médicos, enfermeiros e técnicos; além de oferecer todo o material para as cirurgias, como os implantes e próteses.
Já as secretarias de saúde nos estados e municípios costumam oferecer a estrutura hospitalar e são responsáveis pelo tratamento e recuperação dos pacientes.
O último mutirão do instituto aconteceu no Acre entre os meses de abril e maio. Foram realizadas sessenta cirurgias. Está previsto um retorno ao estado. Tocantins e Roraima também devem receber ainda este ano a equipe da instituição.
