A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (7) oito mandados e apreensão na administrativa do Consórcio Complexo Deodoro, responsável pela construção de arenas dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Também são cumpridos mandados em empresas ligadas ao consórcio e nas residências dos investigados. O objetivo é desarticular uma organização criminosa envolvendo desvios de recursos públicos nas obras do complexo.
A partir da fiscalização feita pela CGU, a Controladoria-Geral da União e atual Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, em 2015 foram detectados indícios de falsificação nos registros dos volumes de resíduos nas obras da construção civil, transportados e depositados no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
As investigações constataram que os volumes foram superfaturados pelo Consórcio Complexo Deodoro, formado pelas empreiteiras Queiroz Galvão e OAS, mediante falsificação dos documentos e da contratação de empresas que funcionariam como 'laranjas' para simular as ações.
Em nota, o consórcio responsável pelas obras do Complexo Olímpico de Deodoro informou que já prestou os esclarecimentos necessários às autoridades competentes.
O consórcio esclarece, ainda, que a alteração no custo de transporte de resíduos se deve ao acréscimo da quantidade de material transportado, o qual não estava previsto inicialmente no projeto básico.
A prefeitura do Rio informou, também por meio de nota, que não fez nenhum pagamento referente aos serviços que são alvo da operação. Esclareceu, ainda, que os repasses para o consórcio estão bloqueados desde o início das investigações.
