Em 2 de setembro de 1961, o Congresso Nacional aprovava o parlamentarismo no Brasil. O regime durou menos de 17 meses, sem realizar mudanças significativas na política e na economia do país.
O parlamentarismo foi a fórmula encontrada para viabilizar a posse do vice-presidente João Goulart e evitar um possível golpe de Estado.
A implantação do regime parlamentar surgiu após a renúncia de Jânio Quadros. Os militares, em dois momentos, nos dias 28 e 30 de agosto, deixaram claro as restrições ao vice João Goulart, que estava em viagem a China.
Se por um lado os militares mostravam suas insatisfações, por outro, o então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, promovia a chamada Campanha da Legalidade, que mobilizava a resistência em favor de seu cunhado, João Goulart nos estados do Sul e Sudeste.
Lideranças do Congresso Nacional agiram rápido para evitar a crise, numa tentativa de manter a democracia que vigorava desde 1946.
A proposta foi aprovada no Congresso após uma semana de intensas negociações e uma emenda a Constituição que estabeleceu o regime parlamentarista foi promulgada no dia 3 de setembro. A emenda reduzia os poderes do presidente da República e por isso mesmo teve o apoio dos militares.
Nos bastidores trabalharam intensamente políticos como Amaral Peixoto, que presidia o maior partido da época, o PSD; os também pessedistas deputado Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, José Maria Alkmin, Martins Rodrigues e Nelson Carneiro: os petebistas Almino Afonso e San Tiago Dantas e o senador Afonso Arinos, da UDN.
Entre as figuras de projeção nacional mais envolvidas com a solução do impasse, o deputado Tancredo Neves acabou por se tornar primeiro-ministro, com a aprovação do seu nome pelo Congresso Nacional no dia 8 de setembro, dia seguinte a posse de Jango na presidência da República.
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