A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira uma operação para prender dois empresários da construção civil suspeitos de envolvimento em esquema de corrução na Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio, a Fetranspor.
Um dos mandados de prisão contra o empresário Nuno Canhão Bernardes Coelho já foi cumprido. Nuno foi preso na manhã de hoje em Curitiba, no Paraná. O outro suspeito, Guilherme Neves, está no exterior. A inclusão no nome dele na lista de procurados da Interpol já foi pedida.
Além dos dois mandados de prisão, a PF cumpre seis mandados de busca e apreensão, todos em Curitiba. De acordo com a Polícia Federal, a investigação identificou que uma empresa do ramo de engenharia sediada no Paraná e gerenciada pelos dois empresários, era utilizada em operações de lavagem de dinheiro.
A ação batizada como Gotham City, faz uma referência aos apelidos dos investigados, já que Nuno é conhecido como Batman e Guilherme, como Robin. Ela também é um desdobramento da Operação Ponto Final, braço da Lava Jato no Rio de Janeiro, que investiga esquema de corrupção no sistema de transporte público do estado.
Nesta terça-feira, o juiz Marcelo Bretas aceitou as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal contra todos os investigados na Operação Ponto Final, entre eles, o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, que se tornou réu mais uma vez.
Cabral, que já responde a 12 processos na Justiça e está preso desde novembro do ano passado, é acusado de ter recebido quase R$ 145 milhões em propina entre 2010 e 2016. Além de Cabral, também viraram réus outras 23 pessoas.
