Monitoramento por satélite identifica desmatamento ilegal de 2,6 mil hectares em áreas cobertas por nuvens, no norte de Mato Grosso.
A infração foi confirmada durante inspeção realizada por agentes do Ibama e técnicos da Jaxa, a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial. Eles utilizaram drones para validar dados gerados por satélite.
As informações foram divulgadas nessa segunda-feira (11), pelo instituto. Quatro fazendas foram autuadas por destruir floresta nativa da Amazônia. As multas emitidas somam quase R$ 14 milhões.
Segundo o Ibama, em uma única propriedade, entre Itaúba e Cláudia, cerca de 800 hectares desmatados estavam localizados em reserva legal.
A metodologia que permitiu detectar o corte raso em Mato Grosso usa satélite com sensores de radar capazes de identificar alterações de cobertura vegetal através de nuvens.
A pesquisa é desenvolvida com apoio das agências de cooperação internacional brasileira e japonesa. O conhecimento já utilizado pela Jaxa para monitorar florestas tropicais em 77 países.
De acordo com o Ibama, os dados obtidos a partir de 2016 apontam o desmatamento de aproximadamente 1,3 mil quilômetros em toda a Amazônia.