Levantamento do Ministério Público Federal identificou mais de duas mil pessoas ou empresas responsáveis por desmatamento na Amazônia.
O estudo levou em consideração o período entre agosto de 2016 e julho de 2017. Os dados mostraram que na Amazônia Legal 2,3 mil pessoas ou empresas estão associadas a desmatamentos ilegais com área igual ou superior a 60 hectares. Foram mapeados 162 mil hectares nos nove estados da região amazônica.
Das 1.550 áreas desmatadas, 54 estão localizadas em unidades de conservação federal, 18 em terras indígenas e 644 em terras rurais federais. Os números são da segunda etapa do projeto Amazônia Protege, desenvolvido desde o ano passado pelo Ministério Público Federal.
De acordo com o levantamento atual, o estado que apresentou maior número de áreas desmatadas foi o Pará, com 47 mil hectares, e 625 pessoas ou empresas associadas a desmatamentos ilegais. O Mato Grosso ficou em segundo lugar no ranking, com 411 áreas desmatadas, seguido de Rondônia, com 346 áreas.
Os resultados serão enviados aos procuradores da República nos estados, servindo de base para ações civis públicas, com pedidos de reparação de dano ambiental e pagamento de indenização. Segundo o MPF, o valor das indenizações deve ultrapassar R$ 2 bilhões.