Lula afirma que jamais foi proprietário do sítio de Atibaia na defesa final entregue à Justiça
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, por meio de sua defesa, que jamais foi proprietário do sítio Santa Bárbara, em Atibaia, em São Paulo.
A manifestação consta nas alegações finais entregues à Justiça Federal em Curitiba e fazem parte da última fase da ação penal em que Lula e mais 12 réus respondem às acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.
Agora, caberá a juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal, proferir a sentença. Não há prazo para decisão.
O sítio foi alvo de investigações da Operação Lava Jato, que apura a suspeita de que as obras de melhorias no local foram pagas por empreiteiras investigadas por corrupção, como a OAS e a Odebrecht, em troca de favores na Petrobras.
De acordo com a Polícia Federal, a estimativa é de que as obras tenham custado cerca de R$ 1,7 milhão. Segundo os investigadores, as reformas começaram após a compra da propriedade pelos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, amigos de Lula.
Nas alegações, os advogados de Lula voltaram a questionar a imparcialidade do ex-juiz Sergio Moro para julgar a fase inicial do processo, a competência da 13ª Vara Federal para julgar o caso, e a suposta ação do Ministério Público Federal para direcionar a investigação contra o ex-presidente.
Desde 7 de abril do ano passado, o ex-presidente cumpre pena de 12 anos e 1 mês de prisão, imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em ação que trata do apartamento triplex em Guarujá, no litoral paulista. Ele está na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba.