O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça, deu mais cinco dias de prazo para a Backer reformular o recall – ou devolução - das cervejas contaminadas com o dietilenoglicol.
Também foi solicitado que os pontos de devolução sejam corrigidos, e que no recolhimento dos produtos não será necessário exigir a nota fiscal.
A cervejaria ainda terá que reescrever o aviso de risco direcionado aos consumidores, informando as prováveis consequências da ingestão da bebida, inclusive as fatais.
A Backer deve ainda divulgar as informações em seus canais de comunicação.
O Ministério da Justiça esclareceu que ainda que não recebeu informações sobre a resposta da cervejaria às vítimas da intoxicação.
Já foram 26 os casos notificados com suspeitas de intoxicação pelo dietileno-glicol. Desses, a Secretaria de Saúde do estado só confirma a presença da substância em 4 pessoas, sendo que uma delas morreu. Das outras suspeitas, 3 também morreram.
Nesta sexta (24), mais cinco pessoas foram ouvidas pela Polícia Civil de Minas. Ao todo, 21 pessoas prestaram depoimentos.
A cervejaria Backer continua sendo a principal suspeita da intoxicação, após testes comprovarem a presença do dietileno-glicol na cerveja Belorizontina e em mais nove outras cervejas da marca.
A Backer informou em nota que já esclareceu dúvidas de mais de 50 consumidores. A empresa disse que deseja entrar em contato com todos os atingidos, mas como as investigações são sigilosas, as informações sobre os pacientes são confidenciais.
A cervejaria se comprometeu a realizar um acompanhamento dos casos e ainda oferecer atendimento psicossocial de médio e longo prazo aos atingidos. As vítimas devem entrar em contato no telefone DDD 31 3228-8859 ou no e-mail acolhimento@cervejabelorizontina.com.br .