Casais optam por união estável para oficializar relacionamentos durante pandemia
O motorista Fernando Brasil e a agente de vendas Fernanda Marques planejavam oficializar o relacionamento em cerimônia religiosa e civil, cheia de amigos e familiares. Porém, a pandemia do novo coronavírus não deixou. Eles então resolveram recorrer à união estável para marcar o aniversário de Fernanda e os dezoito meses de recuperação dela após um transplante de medula. Em relação aos procedimentos burocráticos, Fernando conta que todo o processo foi bem simples.
A união de Fernando e Fernanda foi registrada no 15º cartório de ofício de notas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, e marca o aumento nas uniões estáveis registradas durante a pandemia.
De acordo com a tabeliã substituta Flávia Baroni, foram assinadas 101 uniões estáveis no local em abril e maio do ano passado, contra 150 no mesmo período deste ano - o que representa um aumento de quase 150% no período desde que a pandemia chegou ao Rio. Segundo a tabeliã, uma das razões para o aumento na procura é a maior necessidade de ter uma garantia de benefícios assistenciais e previdenciários.
Outra razão apontada por Flávia Baroni para a preferência específica pela união estável, ao invés do casamento civil, é que a burocracia é menor.
Por causa da pandemia do novo coronavírus, os cartórios tiveram que se adaptar e possibilitar que muitos serviços que eram feitos apenas presencialmente pudessem ser feitos de forma on line. No caso do registro da união estável, a entrega dos documentos e a assinatura da certidão agora também podem ser feitas de maneira remota, delivery ou até drive thru, em algumas unidades.