Um ato pacífico e silencioso pelas mortes causadas pelo novo coronavírus no Brasil, nas areias da praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, foi interrompido por uma atitude desrespeitosa ao direito de manifestação do outro. No ato da Organização Não Governamental Rio de Paz, voluntários abriram 100 covas rasas na areia da praia e fincaram cruzes e bandeiras do Brasil, para criticar a forma como o governo federal está lidando com a pandemia da Covid-19. Mas um homem contrário ao protesto, caminhou por entre as covas e derrubou as cruzes.
Um pai que perdeu o filho de 25 anos para o novo coronavírus aparece em um vídeo, postado nas redes sociais da ONG, recolocando as cruzes no lugar e pedindo respeito às famílias que tiveram de enterrar pessoas queridas.
O coordenador do Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, afirmou que esta foi a primeira vez que ele viu uma manifestação contrária a um ato da Organização Não Governamental. Ele disse que ouviu muitas expressões de ódio no calçadão, mas que não imaginava uma atitude tão desrespeitosa.
Costa destacou que o protesto também teve o objetivo de cobrar ações sanitárias e econômicas por parte do governo federal diante da pandemia de Covid-19.