Grupo indígena acampa em zona central de Brasília

Os índios da etnia Warao recebem doações para sobreviver

Publicado em 30/10/2020 - 10:11 Por Kariane Costa - Brasília

Um grupo de cerca de 56 indígenas venezuelanos em situação de rua tem chamado a atenção de brasilienses e autoridades. O grupo da etnia Warao chegou ao Distrito Federal há pelo menos 2 meses e está acampado próximo a região central de Brasília.

Leandro Dourado, que lidera um grupo de voluntários na ajuda a pessoas carentes, ficou sabendo da situação e tem feito um trabalho assistencial com a doação de alimentos, roupas, kits higiene e água potável.

Leandro conta que foi atrás de ajuda do governo local para dar um apoio ao grupo venezuelano.

Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal afirmou que está acompanhando e ofereceu acolhimento nas unidades do DF, mas que não foi aceito pelos indígenas.

De acordo, com o GDF, diante do impasse, a secretaria tem se articulado junto ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, e Acnur, em busca de uma saída.

O secretário interino de políticas de promoção da igualdade racial, Ezequiel Roque, explica que apesar da competência ser do GDF, representantes da pasta foram até o local para ouvir as demandas do grupo.

Ele diz que como a etnia Warao vive em comunidade, os membros do grupo não querem ser separados, e que hoje não há disponível um local que abrigue todos eles.

O secretário, Ezequiel Roque acrescenta ainda que não há um plano para remoção do grupo, seja voluntária ou forçada, em respeito à cultura dos indígenas.

A situação na Capital do país não é única. Em 19 estados da federação existem grupos de indígenas de venezuelanos em situação semelhante. São homens, mulheres, idosos e crianças que saíram da Venezuela para fugir da crise econômica e política que enfrenta o país vizinho.

Diante do crescente número de casos, o Ministério da Mulher prepara um protocolo para atendimento a indígenas estrangeiros em nível nacional.

Ezequiel Roque diz que o documento está sendo elaborado a partir de diálogo com organismo internacionais, que já fazem o trabalho de acolhimento, e de parceria com outros ministérios. Segundo ele, o objetivo é dar uma resposta a situações como esta, humanitária e atípica.

A Funai informou que faz o papel de interlocução com outras pastas para que as intervenções respeitem a cultura dos indígenas

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que órgão trata apenas da regularização migratória.

Edição: Fabiana Pelles

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