A cidade de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, será a primeira no país a ter equipamentos de baixo custo para monitorar a estabilidade de encostas e focos de incêndio. Os equipamentos serão usados pela Defesa Civil e por técnicos da prefeitura para o controle de possíveis deslizamentos e eventuais tragédias e para a prevenção de grandes incêndios em áreas de vegetação.
Os dispositivos estão sendo desenvolvidos por pesquisadores da UFF, a Universidade Federal Fluminense, naquele município, em uma parceria com a prefeitura da cidade. E a partir de julho, as novidades entram na fase de testes em morros e áreas de vegetação.
O professor da UFF e coordenador do projeto, Ivanovich Salcedo, explica que o primeiro sensor vai ajudar a identificar a movimentação do solo e evitar tragédias com deslizamentos de terra, como as que aconteceram em fevereiro e março deste ano, em Petrópolis, na região serrana do Rio, causando a morte de menos 238 pessoas. Salcedo lembra, ainda, da catástrofe em 2010, em Niterói, com o deslizamento no Morro do Bumba. 48 pessoas morreram soterradas.
O segundo sensor vai medir a umidade do solo em áreas de vegetação, identificando o aumento do calor com os focos de incêndio.
O secretário de Defesa Civil de Niterói, coronel Wallace Medeiros, adianta que as áreas de risco na cidade já foram mapeadas para a colocação dos equipamentos e que a população vai participar de todo o processo.
O projeto desses sensores faz parte do Programa de Desenvolvimento de Projetos Aplicados da UFF, com a parceria da prefeitura de Niterói, que investiu um total de R$ 25 milhões em nove projetos da instituição.