Fenômeno forma mancha escura de 800 mil quilômetros no Sol

Buraco coronal é considerado comum

Publicado em 21/12/2023 - 18:10 Por Priscila Thereso* - repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

Uma gigantesca mancha escura no Sol, na camada mais externa da atmosfera do astro rei, foi registrada por um observatório da NASA, a agência espacial dos Estados Unidos.  

O fenômeno, conhecido como buraco coronal, é considerado comum. No entanto, o tamanho da abertura impressiona: são cerca de 800 mil quilômetros, o equivalente a 60 vezes o planeta Terra.  

O chefe da Divisão de Heliofísica, Ciências Planetárias e Aeronomia do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Alisson Dal Lago, explica que o buraco coronal acontece de tempos em tempos pela variação do Sol.  

“O Sol evapora lentamente parte da sua atmosfera e permeia todos os planetas. Então, na verdade os planetas do sistema vivem dentro da atmosfera do Sol, como é o nosso caso. E, de tempos em tempos, o Sol tem uma certa variação da sua atividade, ele tem essas estruturas que dão uma espécie de um jato de vento solar e esse vento solar causam escurecimento num determinado filtro. Então, não é comum no dia a dia das pessoas, mas não é tão incomum para quem trabalha com essa área”, esclarece.  

O pesquisador lembra que a Terra tem um campo magnético que protege a atmosfera de partículas que vêm de fora. Mas como nosso planeta está dentro da atmosfera solar, que é um gás com partículas elétricas, elas balançam o campo magnético do nosso planeta. Alisson Dal Lago diz que o Sol entra agora em atividade máxima e destaca as implicações desse fenômeno para a Terra.

  “Nesse buraco coronal, um feixe bem forte do vento solar, muito mais forte do que o normal que a Terra está acostumada, passa pela Terra e causa uma perturbação um pouco maior no campo magnético da Terra, E isso sim causa alguns tipos de fenômenos, como são as chamadas tempestades magnéticas na Terra, que são fenômenos que o campo magnético fica todo perturbado. E aí nós temos alguns tipos de fenômenos secundários como, por exemplo, alguma perda de link de satélite. Em casos mais extremos, ter até perda de comunicação com sistema de GPS e, casos mais extremos ainda, podemos até afetar o sistema de transmissão de energia elétrica na superfície da Terra.   

O ciclo de variação do Sol acontece a cada 11 anos e o monitoramento da atividade solar foi iniciado com o astrônomo Galileu Galilei, há mais de 400 anos.  

 

* Com produção de Joana D'Arc Lima

 

Edição: Nadia Faggiani / Fran de Paula

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